plugue-se, ligue-se, vá Longe!

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Estúdio Coca-Cola - Nação Zumbi + Skank - 11/07/2007


Antes de levantar dúvidas vale dar uma prévia do que se trata o Estúdio Coca-Cola. É uma ação publicitária da marca que segue o conceito “Viva as Diferenças. Viva o Lado Coca-Cola da Música”. O projeto escolheu 14 bandas de estilos variados para a formação de 7 duplas diferentes. Cada uma dessas duplas deve se reunir pra tocar, buscando uma forma de fundir as diferenças e buscar um ponto em comum. Isso é publicado mensalmente no site do projeto e tambem exibido pela MTV que é a parceira da Coca-Cola nessa ação. Até ai já achei fantástico.

Acompanhei pela internet as duplas Marcelo D2 + Lenine, Pitty + Negra Li, Nando Reis + Cachorro Grande, NX Zero + Armandinho e CPM22 + Babado Novo. Algumas com resultados muito bons e outras nem tanto mas todas com uma fusão, no mínimo, intrigante.
Então descobri que a banda que mais acompanho ultimamente participaria do projeto. Nação Zumbi se juntaria ao Skank - banda que, apesar de não gostar do que tem feito ultimamente, considero ter um bom potencial - chegaram a fazer coisas interessantes no passado onde exploravam a mistura de reggae, ragga, ska e dub com pop nacional.

Ai entrou a participação decisiva da Débora que conseguiu os contatos pra que agente não ficasse de fora dessa. Perfeito! Ainda conseguimos colocar meus pais, minha irmã e o Smyters na lista. E também alguns amigos em comum que eu já conhecia de outros shows (Erika e Renata) e alguns que foram apresentados por lá (David e Danila). Nessa leva de gente nos encontramos num estúdio especializado em gravação de shows, som e imagem situado entre o CEAGESP e o fim do mundo.

Ignorando os pormenores da entrada vamos ao que interessa.

Já ocupando nossos lugares na platéia, esperávamos ansiosos e muito curiosos o início das gravações. Na lista de repertório do Haroldo, baterista do Skank, já descobrimos qual seria a primeira música e aí uma boa notícia: seria Blunt of Judah, uma das melhores músicas da Nação. E assim foi. As bandas chegaram, cumprimentaram o público e já arrebentaram na primeira execução. Virou clichê dizer isso nas resenhas que tenho feito mas o fato é que tenho descoberto muita coisa nova e assim foi – surpreendente! Acompanhei impressionado o que faziam no palco com aquela formação gigantesca. Duas baterias, dois baixos, dois vocais, duas guitarras, teclados, metais e percussão. Tudo junto e sincronizado surpreendentemente. As versões eram muito criativas.

Além de Blunt of Judah o repertório de músicas da Nação Zumbi se completou com: Hoje, Amanhã e Depois, A Cidade e Maracatu Atômico - músicas de épocas distintas da banda. Da parte do Skank, versões impressionantes de músicas também de fases diferentes da banda: Balada do Amor Inabalável, Um Mais Um, Uma Partida de Futebol e a matadora Pacato Cidadão, com direito a acompanhamento de bateria eletrônica feita pelo Pupillo (baterista da Nação). Ainda rolou a cover de Ponta de Lança Africano (Umabarauma) do Jorge Ben – eu que adoro o músico e a música acho que complementou o repertório perfeitamente com uma versão que também não deixou absolutamente nada a desejar.

Agora é acompanhar o site e esperar o dia da transmissão do programa.

Todos merecem os sinceros elogios: Nação Zumbi e Skank pelo ótimo trabalho, à Coca-Cola e a MTV pela iniciativa e pela aula de como fazer publicidade sem se render à costumeira bundalização. Espero que essa tendência vire moda o mais rápido possível.
.
.
Bruno Marcel
One, Two, Three, Four!
Valeu, abraços!

terça-feira, 24 de julho de 2007

Nação Zumbi e Mamelo Sound System - 30/06/2007









Com essa resenha tenho a difícil missão de narrar a apresentação de uma das bandas que mais gosto.

De quem já ocuparou o primeiro lugar no ranking das mais ouvidas no meu rádio, posso citar 3 nomes que realmente marcaram época nos meus fones de ouvido: Raimundos, Ramones e Nação Zumbi (nessa ordem).

A primeira dessas, pude acompanhar a maior parte da carreira, desde o auge até o fim, mas eu era muito novo na época em que a banda estava com gás total e então só estive em um show com a formação clássica nos palcos. Logo mais o Rodolfo largou os Raimundos e de lá pra cá, embora ainda com shows muito bons, a banda enfrenta momentos complicados.

A segunda é a mais marcante. Provavelmente pelo posto de lenda que ela tomou já que, quando me despertei para o punk rock dos Ramones, a banda já havia encerrado suas atividades. De lá pra cá pude apenas acompanhar, com enorme pesar, a baixa causada pelo falecimento dos grandes líderes da banda (Joey, Dee Dee e Johnny).

A terceira é a top atual. Surgida no início dos anos 90 a banda foi liderada pelo mito Chico Science. Depois de um trágico acidente de carro que tirou a vida do vocalista. O, então percussionista da banda, Jorge DuPeixe assumiu os vocais e a função de principal compositor do grupo que teve a difícil missão de continuar sem a presença do amigo e um dos maiores compositores e interpretes da música brasileira. A tarefa foi alcançada com grande propriedade pelo grupo que continuou a trilhar a banda no caminho da inovação e criatividade trazendo ao público trabalhos premiados e de qualidade inigualável dentro e fora do país.

Com o vocal único e grave de Jorge DuPeixe, guitarra swingada e psicodélica de Lúcio Maia, baixo marcante de Dengue, bateria quebrada, swingada e polirítmica de Pupilo e a percussão criativa e inovadora fechando com chave de ouro a formação por Toca Ogan, Gilmar Bolla8, Matias e DaLua o último trabalho da banda foi o disco Futura. Lançado em 2005 é considerado por muitos o melhor trabalho do grupo, algo que nem me atrevo a opinar pois cada vez que escuto um dos 5 discos (considerando os álbuns de inéditas) tenho a impressão de escutar o melhor entre eles. Posso afirmar que a Nação Zumbi é uma das pouquíssimas bandas no mundo que conseguiram manter o nível de qualidade e criatividade por tanto tempo.

Conheci a banda já a algum tempo, ainda antes do lançamento do disco Futura, atravéz do álbum Nação Zumbi emprestado pelo padre do meu bairro (Padre Jair). Entrei em contato com um dos álbuns mais macantes da minha vida (dividingo espaço com a coletânea RamonesMania e o segundo do Raimundos - Lavô tá Novo). E foi então, no show de lançamento do álbum Futura no Citibank Music Hall em outubro de 2006, que me despertei de vez pra mistura singular e viciante da Nação Zumbi.

A banda tinha em alguns sons os reefs e batidas pesadas e enérgicas o suficiente pra me chamar a atenção. Alguém que tinha o gosto musical pautado no punk, hardcore e metal via no som da Nação os elementos necessários que justificassem um pouco de atenção. E à partir daí, aberto ao que estava por vir, descobri um mundo de possibilidades nas misturas da música global com a regional, da eletrônica com a orgânica, da americana com a européia e africana ou qualquer outra mistura que pudesse resultar em algo interessante.

Foi ai que me despertei de vez pra música. Passei a dar mais valor a algo que sempre esteve bem próximo e presente (muito graças ao gosto pela boa música e ecletismo que meus pais sempre tiveram) mas que não recebia tanta atenção quanto merecia. É certo que sempre ouvi um pouco de tudo, mas sem tanto entusiasmo. Agora o punk, o metal e o bom e velho rock’n roll receberam definitivamente a companhia ilustre do samba, bossa nova, baião, mpb, black music, música jamaicana e qualquer coisa que soasse bem aos ouvidos.

Explicado o impacto causado pelo contato com essa banda de méritos incontáveis vale citar que, desde então, não perdi uma só apresentação da banda em São Paulo. Se não esqueci algum na contagem, foram 7 shows. E o sétimo é o tema desta resenha.

Cheguei em Santo André como quem vai pra lá desde criança. Sem saber o caminho, três perguntas em três postos de gasolina resolveram o problema. O show, apesar de um pouco longe, foi imperdível. Além de Nação Zumbi também tocou Mamelo Sound System, grupo que eu vinha ouvindo a algum tempo - faz um Dub abrasileirado da melhor qualidade. O show fazia parte de um projeto chamado Balanço BR-7 que levou as duas bandas junto com a discotecagem do DJ Paulão em turnê por alguns SESCs do estado de São Paulo.

Parti de Guarulhos com o Smyters e chegando lá nos encontramos com a Erika e a Débora – duas ótimas companheiras pra shows da Nação Zumbi e similares, praticamente duas tietes da banda (no melhor dos sentidos). O som do DJ Paulão já estava rolando, no set-list Jorge Ben, Tim Maia e muito funk, soul e samba - perfeito pra escutar tomando uma cerveja e aliviar a ansiedade da espera.

Em algum tempo foi anunciada a entrada do Mamelo Sound System. Fomos para a frente do palco e assistimos à entrada do carismático MC do grupo Rodrigo Brandão junto com os DJs e com o convidado Toca Ogan para a música de abertura. Esse primeiro som foi como uma invocação da ajuda divina pra que tudo corresse bem. Som eletrônico fazendo a base, solo de conga pelo maestro dos tambores Toca Ogan e “um certo capitão Rodrigo” comandando o microfone. Com as energias positivas invocadas, Toca sai do palco e dá a vez para a estilosa MC Lurdes da Luz que completou o time do Mamelo em cima do palco. Mandaram muito bem e superaram as expectativas para o primeiro show que vi deles. Pretendo ver outros com certeza. No set-list as músicas do último CD - Velha-Guarda 22 - tiveram certa prioridade em relação aos sons dos outros álbuns da banda. Vô-Q-Vô, Festa/Luta, Minha Mae Diz, Bença, Balanço & Chumbo Grosso, Isso Aqui Não É 1 Teste!, Gorila Urbano e Zulu/Zumbi (com a memorável participação do Jorge DuPeixe) foram alguns dos vários sons tocados pelo grupo que abriu as apresentasções no melhor estilo e da melhor forma possível. Com a frente do palco tomada pela dupla de MCs agitaram o público e satisfizeram a quem foi atráz de boa música.

O show já teria valido por aí e eu voltaria satisfeito pra Guarulhos City - a não ser pelo fato de que em poucos instantes estaria em cima do palco a melhor banda nacional da atualidade (e pra mim não tem banda gringa que bata de frente). E assim foi. Algum tempo com a discotecagem do DJ Paulão e lá estava eu novamente, pela sétima vez na frente de um palco com a banda que mais gosto.

Hoje, Amanhã e Depois, como em vários dos últimos shows da banda, foi a música de abertura. Faixa do último álbum da banda e música de trabalho que tem rolado nas radios. Dificilmente alguma coisa pra mim ali seria novidade mas isso já não importava. Mesmo sabendo de cor o que seria feito em cima do palco, ainda assim valia bastante estar ali. Vou ser reservado em citar o set-list pois posso confundir com o que rolou nos outros shows que estive. Maracatu Atômico, Macô, A Praieira e Da Lama ao Caos (com a participação de Rodrigo Brandão) foram alguns dos sons da época de Chico Science que ganharam uma nova cara com a formação atual. Quando a Maré Encher, Remédios (com vocal alucinado de Toca Ogan), Blunt of Judah, Meu Maracatu Pesa uma Tonelada, Propaganda, Memorando e A Ilha são outros sons que tenho certeza que rolaram.

O show dessa fez foi um pouco mais curto, a banda estava com problemas nos samplers e talvez até já um pouco cansados da longa turnê, com pouca mudança de repertório e pouca novidade (algo que provavelmente deve cansar esses músicos que vivem em constante mutação). Por isso acredito que não estivessem tão animados quanto nos outros shows que estive. De qualquer forma foi algo imperdível e memorável assim como todas as outras apresentações da banda. Ainda vale a oportunidade de registrar aqui um show deles como forma de fazer referencia a tantos outros que fui antes da criação do blog e ficaram de fora.

O Jorge DuPeixe anunciou que até Outubro ou Novembro deve sair o novo álbum da banda.
A grana pro CD e pros próximos shows já está reservada!




Indicações

Crédito das Fotos
- Luiz Felipe: www.flickr.com/photos/luizfelipel8

Valeu, Abraços!
One, Two, Three, Four!
Bruno Marcel

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Criolina - 26/06/2007










Essa resenha narra a primeira vez em que sai pra ver um show sem saber nem quem estaria em cima do palco.

O SESC Pompéia promove um projeto chamado Prata da Casa onde bandas e grupos musicais sem grande público e tradição apresentam-se gratuitamente. Sabendo disso fomos conferir o que rolava (eu e o já citado companheiro de shows Smyters). Chegando lá descobrimos o nome de quem estaria no palco, uma banda chamada Criolina. Pegamos algumas cervejas e esperamos o começo da apresentação. Até então tudo seria uma surpresa, o único indício do que estaria por vir foi o som da regulagem dos instrumentos que saia abafado de dentro da choperia ainda fechada e já agradava aos ouvidos.

Assim que abriram as portas fomos entrando com aquela agradável sensação que dá quando não se gasta dinheiro pra fazer alguma coisa. Porém a banda poderia ser chata ou ruim e ai o tempo e a grana do estacionamento poderiam ser perdidos. E nessa dúvida, porém otimistas, aguardamos o início da apresentação.

Tendo o lugar vazio e uma platéia com menos de 100 pessoas a banda entrou no palco. Ainda sem a presença de um vocalista mandaram uma introdução instrumental surpreendente. Até que entram no palco a dupla de vocais Alê Muniz e Luciana Simões, o casal que encabeçou o projeto nomeado por Criolina.

Dali em diante eu vi o show de uma das bandas mais surpreendentes que conheci. Sem nunca ter ouvido falar dos caras e sem conhecer nenhuma música prendi minha atenção completamente. Músicos muito bons em cima do palco com performances que deixavam sem saber pra onde olhar. A formação básica era violino, teclado, guitarra, baixo, bateria e a dupla de vocais, mas às vezes rolava um revesamento e o violino dava vez a uma gaita, o teclado aos samplers, o baixo a um pandeiro, a bateria a um tambor (acredito ser um Derbaque, instrumento típico da música Árabe), e os vocais também se arriscavam na percussão.

Percussionista é algo essencial numa banda que pretende utilizar elementos de música regional brasileira e latino-americana. Mas a baterista dava conta sozinha e muito bem de desenvolver aos quatro membros qualquer tipo de ritmo que se fizesse necessário. Era incrível o desempenho dela. Foi uma das melhores performances de bateria que já vi em cima de um palco, fiquei impressionado com o controle de poliritmia (que é basicamente a capacidade de um baterista fazer “levadas” diferentes com cada um dos membros ao mesmo tempo) e com a criatividade com que foram criadas as linhas de batera. E todos os outros músicos também eram sensacionais, regidos pela dupla do vocal que é responsável pelas composições e são os “donos” do projeto criado no Maranhão e trazido agora pra São Paulo em busca de uma maior visibilidade. Se forem perseverantes e mantiverem o nível de qualidade e criatividade provavelmente ainda farão o nome Criolina dar muito o que falar. Sorte pros caras!

Indicações:
MySpace - www.myspace.com/criolina
.
Bruno Marcel
One, Two, Three, Four!
Valeu, abraços!

Gritando HxCx - 23/06/2007









Nunca foi das minhas bandas preferidas de punk/hardcore mas escutei bastante lá pelos meus 14/15 anos quando eu, Beto, Evandro, Zione, Rafael e Dedé (em formações distintas)
formávamos a banda punk Garotinhos Insuportáveis e uma das músicas do nosso repertório era Velho-Punk, um clássico do Gritando HxCx.

Pouco tempo depois do lançamento do segundo álbum (Ande de Skate e Destrua que apresentava um grande avanço em comparação ao primeiro auto intitulado) a banda sofreu uma baixa que nunca conseguiu superar. O Donald, vocalista e principal compositor da banda, faleceu com algumas complicações de saúde acarretadas por uma hepatite agravada por possíveis erros no tratamento médico. De lá pra cá o guitarrista chegou a assumir o vocal (sempre acompanhado pela vocal feminina Lê) e até gravaram um disco ao vivo (muito bom, é a trilha que acompanha a redação dessa resenha). Nessa época, já sem a presença de Donald em um festival punk que fui pra ver Ratos de Porão, pude conferir uma apresentação dos caras. Meio aos trancos e barrancos e com uma agenda super reduzida, a banda se manteve algum tempo, não conseguiu seguir uma carreira muito sólida e parou.

Agora, mantendo apenas a vocalista e o baixista Ritchie da formação clássica, eles resolveram voltar e parece que estão com o gás todo pra produzir material novo.

Uma boa galerinha ficou agitando pra ir nesse show, mas no final todo mundo deu pra tráz, menos a Bruna que já provou ser ótima companhia pra shows sendo citada inclusive em posts anteriores e acabou levando a Bia (que também conhecia de “outros carnavais”) e lá fomos nós. Conferi a apresentação dessa nova formação/fase da banda no lugar que provavelmente mais tem histórias pra contar sobre o punk rock no Brasil: a casa Hangar110 onde vi vários shows clássicos e memoráveis (outros nem tanto) nacionais e gringos de punk rock. Lugar que me sinto super à vontade e que me lembra momentos muito bons. Quando tinha minha banda punk, na adolescência, sonhava em tocar lá.















Dessa vez então pra conferir a nova fase do Gritando HxCx (que me interessou mais pela nostalgia do que por qualquer outro motivo) pude ver a apresentação com o novo guitarrista e com o novo baterista que surpreendeu, mandou ver com a pancadaria pra cima da batera, com certeza o melhor que já passou pela banda. No set-list rolou a maior parte dos sons gravados nos dois álbuns da banda (ainda com o Donald nos vocais), dos quais eu conhecia todos e pude cantar, pogar e curtir bastante a nostalgia do momento. No final rolou algo que, mesmo em shows punks onde o palco é "meio" liberado pra quem quiser subir, cantar, pular e/ou fazer alguma bizarrice, não costuma acontecer. O palco foi completamente tomado por boa parte do publico que pulava e cantava com a banda que incentivava a atitude dos caras.

Quase me esqueço de comentar mas antes do Gritando HxCx, como é de costume nesse tipo de shows, três bandas fizeram a abertura:

Just Insane - Até tocavam bem mas num estilo que definitivamente não me agrada. Não lembro de muita coisa pra comentar do show.

Nostalgia 77 - Banda nova e ai já é mais a minha praia. Conseguiu chamar a atenção, peso, agressividade e o melhor: vão por um caminho completamente inverso do que a maior parte das bandas novas seguem hoje em dia, que são arranjos vocais melódicos, cara de mau e pouca a titude. Lembrou as bandas das antigas como Cólera e Inocentes. Parabéns pros caras.

Zumbis do Espaço - Essa é a banda que mais me aterroriza. E não é pelo fato da tematica da banda rolar em volta de criancinhas sangrando, demônio tomando conta da terra e assassinos matando por prazer, mas sim por ser uma das bandas que menos gosto e provavelmente a que mais vi em toda a minha vida, pois desde que frequentei o meu primeiro show punk (já a bastante tempo) eles são banda de abertura em 80% dos casos. De qualquer forma, provavelmente por costume, hoje consigo curtir uma música ou outra no show.


É isso ai, boa sorte pra Lê, Ritchie e o novo Gritando HxCx. Torço pra que saia algo bom dessa nova fase da banda.

Indicações




Gritando HxCx (Site super desatualizado) - www.geocities.com/Pipeline/6956
.
Bruno Marcel
One, Two, Three, Four!
Valeu, abraços!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Cordão da Insônia - 14/06/2007









Mês de estréia do blog e já começou dando bastante trabalho. Foram 8 shows no mês de junho que me exigiram uma média de duas resenhas por semana. Com uma agenda bem preenchida entre trabalho, faculdade, banda, shows, amigos e baladinhas acabei me atrapalhando com o time do blog e agora tenho 4 resenhas acumuladas. Sendo assim farei breves comentários sobre cada show senão logo serão 5, 6, 7 resenhas acumuladas.

Essa é a primeira resenha dos 4 shows acumulados do mês de Junho e, por isso, escrita sem tanta enrolação.

O show rolou num lugar onde já me sinto praticamente em casa: a choperia do SESC Pompéia. E fui acompanhado pelo cara que vai ser citado à rodo neste blog: Smyters, grande amigo e companheiro de shows já apresentado em resenhas anteriores.

Essa apresentação não trata de uma banda, mas sim uma JAM Session batisada Cordão da Insônia e organizada para o lançamento da marca de moda ZEROUM com artistas que estão despontando e ajudando a dar a cara da nova MPB. Todos marcados pela fusão de estilos trabalhada em seus projetos.

O time era formado por:

Céu: Principal motivo da minha presença no show. Cantora que está colhendo os frutos do seu primeiro (e ótimo) trabalho, o álbum que tem seu nome como título e foi lançado em 2005. Costumo dizer que é uma Nação Zumbi de saias (mais uma das comparações que só fazem sentido pra mim) e ocupa uma das posições do topo no meu ranking dos mais escutados nos últimos meses. Além disso ela é para o Smyters a musa inspiradora de um amor platônico. Saí de casa com a missão de conseguir uma foto deles dois abraçadinhos (e cosegui!).

Anelis Assumpção: Ótima percussionista e cantora, integrante da banda Dona Zica que conheci pesquisando os sons dos artistas para esse show. Banda muito boa, vale a pena correr atráz de conhecer. Pretendo ver um show dela assim que possível. Como curiosidade, vale citar que ela é filha de Itamar Assumpção, um dos nomes sagrados da música tupiniquim.

Curumin: Já conhecia mas não me lembro de onde, muito bom também. Faz uma fusão de samba com música eletrônica e arrebenta na bateria (instrumento que tocou na maior parte do show, revesando também nos vocais).

Beto Villares: Produtor já a algum tempo, também conheci o trabalho dele nas pesquisas precedentes ao show. Tem um álbum lançado a pouco tempo chamado Excelentes lugares bonitos que também é muito bom - muita musicalidade e criatividade na fusão de gêneros.

Bruno Buarque: Percussionista muito bom e já consagrado no cenário da MPB. Também tocou bateria no show. Não tem nenhum projeto solo mas sei que participa de vários projetos. Faz parte da banda da Céu e é (ou foi) um dos participantes do Barbatuques (grupo que explora as possibilidades de percussão corporal).

Lucas Martins: Baixista do projeto. Manda muito bem. Não sei muito sobre ele, mas acho que faz parte da banda de algum dos outros citados acima.

O desfalque da vez foi o Bnegão. Estava com a participação confirmada mas teve que abrir mão para encabeçar uma turnê pela Europa. Atualmente ele participa de dois projetos que curto bastante. Um deles é o funk eletrônico do Turbo Trio que tive a oportunidade de assistir a pouco tempo na baladinha StudioSP e o outro é o Seletores de Frequência, banda que faz a fusão de black music e hip-hop com toques de rock e música brasileira (muito bom também, espero poder vê-los em breve). Além disso ele foi fundador do Funk Fuckers e integrou junto com Marcelo D2 e Black Alien o trio de MCs do Planet Hemp (que deve voltar em breve com o próprio BNegão assumindo sozinho a frente do palco).

No repertório só músicas que eu não conhecia, com a exceção de Funk até o Caroço dos Funk Fuckers que esperava os vocais de Bnegão mas teve Anélis Assumpção assumindo a bronca na ausência do MC (que esteve presente apenas por imagens no telão que disparava vídeos estilizados e tematizados de acordo com a música durante toda a apresentação).

O show foi daqueles de ficar boquiaberto com tanta criatividade e musicalidade. A diversão era geral, vindo de cima do palco e contagiando a plateia.

Se tiver novamente a rara oportunidade de vê-los todos reunidos, farei o possível para não perder.

Indicações:
- Sesc São Paulo
.
Bruno Marcel
One, Two, Three, Four!
Valeu, abraços!