plugue-se, ligue-se, vá Longe!

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Criolina - 26/06/2007










Essa resenha narra a primeira vez em que sai pra ver um show sem saber nem quem estaria em cima do palco.

O SESC Pompéia promove um projeto chamado Prata da Casa onde bandas e grupos musicais sem grande público e tradição apresentam-se gratuitamente. Sabendo disso fomos conferir o que rolava (eu e o já citado companheiro de shows Smyters). Chegando lá descobrimos o nome de quem estaria no palco, uma banda chamada Criolina. Pegamos algumas cervejas e esperamos o começo da apresentação. Até então tudo seria uma surpresa, o único indício do que estaria por vir foi o som da regulagem dos instrumentos que saia abafado de dentro da choperia ainda fechada e já agradava aos ouvidos.

Assim que abriram as portas fomos entrando com aquela agradável sensação que dá quando não se gasta dinheiro pra fazer alguma coisa. Porém a banda poderia ser chata ou ruim e ai o tempo e a grana do estacionamento poderiam ser perdidos. E nessa dúvida, porém otimistas, aguardamos o início da apresentação.

Tendo o lugar vazio e uma platéia com menos de 100 pessoas a banda entrou no palco. Ainda sem a presença de um vocalista mandaram uma introdução instrumental surpreendente. Até que entram no palco a dupla de vocais Alê Muniz e Luciana Simões, o casal que encabeçou o projeto nomeado por Criolina.

Dali em diante eu vi o show de uma das bandas mais surpreendentes que conheci. Sem nunca ter ouvido falar dos caras e sem conhecer nenhuma música prendi minha atenção completamente. Músicos muito bons em cima do palco com performances que deixavam sem saber pra onde olhar. A formação básica era violino, teclado, guitarra, baixo, bateria e a dupla de vocais, mas às vezes rolava um revesamento e o violino dava vez a uma gaita, o teclado aos samplers, o baixo a um pandeiro, a bateria a um tambor (acredito ser um Derbaque, instrumento típico da música Árabe), e os vocais também se arriscavam na percussão.

Percussionista é algo essencial numa banda que pretende utilizar elementos de música regional brasileira e latino-americana. Mas a baterista dava conta sozinha e muito bem de desenvolver aos quatro membros qualquer tipo de ritmo que se fizesse necessário. Era incrível o desempenho dela. Foi uma das melhores performances de bateria que já vi em cima de um palco, fiquei impressionado com o controle de poliritmia (que é basicamente a capacidade de um baterista fazer “levadas” diferentes com cada um dos membros ao mesmo tempo) e com a criatividade com que foram criadas as linhas de batera. E todos os outros músicos também eram sensacionais, regidos pela dupla do vocal que é responsável pelas composições e são os “donos” do projeto criado no Maranhão e trazido agora pra São Paulo em busca de uma maior visibilidade. Se forem perseverantes e mantiverem o nível de qualidade e criatividade provavelmente ainda farão o nome Criolina dar muito o que falar. Sorte pros caras!

Indicações:
MySpace - www.myspace.com/criolina
.
Bruno Marcel
One, Two, Three, Four!
Valeu, abraços!

1 Comentários:

Blogger Gustavo Gitti disse...

Vou vê-los hoje no Grazi a Dio!!!

4 de fevereiro de 2008 às 12:24

 

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